Na Caminhada Quaresmal 2022 da Instituição, “Caminhámos, Participámos e reiterámos a nossa Missão”
A 23 de março iniciámos um conjunto de três encontros destinados aos trabalhadores. José Cachaço, Diácono ainda seminarista apresenta-nos a “Comunhão”… O Homem, criado à imagem de Deus, é naturalmente um ser de comunhão em todas as suas dimensões e é na Eucaristia (comunhão) que se preconiza mais fortemente. O paralelismo com a Instituição é recebido com abanar de cabeças dos trabalhares presentes, que anuem ao reconhecimento de que a Comunhão é “construída nos atos concretos de caridade e amor”, refletidos no trabalho diário com os nossos utentes.
Uma semana depois, somos chamados a “participar no encontro sobre - Participação”. Com preleção do Diácono ainda seminarista José Raposo, começámos pela imagem de que “um caminho se faz caminhando”. A igreja, tal como cada um de nós, deve acolher o “outro” e as suas visões e perceber o que de comum existe entre ambos… Será sempre “mais o que nos une, que aquilo que nos separa”, e é aí que se encontra a força conjunta. No trabalho do dia a dia, também o escutar e aceitar a perspetiva do outro, conduzirá a equipas mais fortes e competentes. Neste campo, segundo o Diácono José Raposo, também o trabalho da Direção é fundamental pela delegação de tarefas que levarão ao efetivo envolvimento das equipas e de cada trabalhador.
O último tema, Missão, foi apresentado por Afonso Pereira, também ele Diácono ainda seminarista. De forma simples, a Missão é o fruto da Comunhão e da Participação quando bem vividas em cada um de nós.
Cita São Paulo, um Santo pelo qual temos um carinho especial na Instituição: “Ai de mim se eu não anunciar a boa nova!” (1Cor 9,16). Em reflexão, percebemos que cada uma das nossas ações com o utente, traduz não só a Missão da Instituição (ver www.cparoquial-covapiedade.pt/instituicao) mas também a missão individual de levar Jesus ao outro.
Nestes três encontros o grande objetivo foi levar cada um de nós a uma escuta pessoal ativa e a desenvolver a capacidade de “fazer-se ouvir”: Ser Sinodal requer tempo de partilha.” (Papa Francisco, Vademecum para o Sínodo sobre a Sinodalidade, 2021).
Com os nossos utentes, o tema foi transversal, mas trabalhado à medida dos interesses e capacidades.
Na Residência Nossa Senhora da Esperança, as simbologias foram acompanhando as várias semanas da Caminhada e remetida uma “Missão” aos nossos utentes: diariamente e entre eles, deveriam partilhar com outra pessoa uma atitude ou palavra positiva.
Foi celebrada missa de Quarta Feira de Cinzas e de Páscoa, já abertas a familiares dos utentes, a primeira celebrada pelo Padre José Pinheiro e a segunda pelo Padre Marco Daniel, um conterrâneo e amigo da Instituição.
Na Casa de São Paulo, realizaram semanalmente a Via Sacra com os utentes.
Para os utentes de infância a caminhada foi desenvolvida com propostas práticas tendo por base o tema “Caminhar em conjunto” que derivou do Sínodo dos Bispos. Recorrendo a iniciativas de grupo ou com a participação direta das famílias, a imaginação fluiu.
No Centro Comunitário Cova da Piedade/Laranjeiro uma das atividades mais significativas foi a vigília pela Paz realizada pelas crianças: “Com Jesus… caminho para a luz”.
No Centro Comunitário Renascer destacou-se uma iniciativa com as famílias, que decoraram velas que adornaram a simbologia colocada na entrada do Equipamento.
Na Creche e Jardim de Infância da Ramalha uma das ações mais participada foi a recolha de alimentos, enfatizando a solidariedade como premissa desta caminhada.
No Equipamento do Bairro as simbologias foram sendo contruídas semanalmente com a participação dos grupos e das famílias.
Foi também neste último local onde se deu o culminar da Caminhada, reunindo no dia de 18 de abril seniores e crianças dos quatro Equipamentos para a “Festa da Páscoa”. Um dia de atividades e refeições ao ar livre, que culminou numa missa campal, presidida pelo Pe. José Pinheiro e animada pelo coro de trabalhadores.